terça-feira, 17 de junho de 2008

O ACALANTO DO AMOR

Os tempos modernos não conseguiram desmistificar a natureza do amor, que se faz presente também no século XXI, com roupagem diversificada ou não, mas ali, insistente, ativo, pulsante e polêmico. Não se pode dizer, entretanto, que é a base de qualquer relacionamento como outrora, mas, faz mesmo o coração bater mais forte e suscitar sensações de fraqueza e desproteção. É ele, sem dúvida. Invade - sem pedir licença, assume e se apossa, sem que o sujeito se dê conta. Apesar de intruso, deixa uma sensação muito boa, massageia o ego, transmite luminosidade. Sempre acompanhado do romantismo e, quem diria, atingindo a qualquer faixa de idade.
Tenho boas lembranças de filmes que tratam carinhosamente deste tema: "ALGUÉM TEM QUE CEDER" é um deles. Após sofrer uma parada cardíaca, um executivo se apaixona pela mãe de sua atual namorada, com Jack Nicholson, Diane Keaton e Keanu Reeves no elenco. Recebeu indicação ao OSCAR. Outro filme, "AS PONTES DE MADISON": Após a morte de Francesca Johnson (Meryl Streep), uma proprietária rural do interior do Iowa, seus filhos descobrem, através de cartas que a mãe deixou, do forte envolvimento que ela teve com um fotógrafo (Clint Eastwood) da National Geographic, quando a família se ausentou de casa por quatro dias. Estas revelações fazem os filhos questionarem seus próprios casamentos. "AMOR À PRIMEIRA VISTA", outro filme também que eu me lembro, é um grande exemplo da mágica que é o envolvimento. Robert De Niro e Meryl Streep, múltiplos vencedores do Oscar, estão juntos novamente para viverem Frank Raftis e Molly Gilmore, duas pessoas comuns que se encontram por acaso e mais tarde por escolha. Há somente uma coisa que perturba seu intenso e recém-descoberto amor: ambos já são casados. É um genuíno dilema moderno e De Niro, Streep e um excelente elenco dão vida a essa história, com charme e sensibilidade.
Pois é. O amor, na verdade, não caiu de moda. Ele vestiu jeans e se adequou à uma nova realidade, muito mais ousada, mais picante, mas ainda assim - AMOR.

Lygia Prudente

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