A expectativa de vida vem aumentando de forma surpeendente. Gostando ou não a maioria de nós vai viver mais do que os nossos pais viveram. Segundo o IBGE, esta realidade não é um fenômeno nacional, mas uma tendência mundial. Em todo o mundo, a esperança de vida aumentou 19 anos entre 1950 e os dias de hoje. Em 2050, a população de idosos deve atingir 2 bilhões, ou quase 25% da população do planeta. Na verdade, esta é uma boa ou má notícia? A resposta é um quebra-cabeças e varia de pessoa para pessoa. Cabe a cada um de nós decidir. Pode ser uma má notícia. Péssima mesmo, se nos condenarmos a envelhecer e, deprimidos, sozinhos e sem vitalidade, ficarmos esperando os últimos dias. Pode ser uma excelente notícia. Como? A idade nos traz conhecimentos e experiências acumulados, que dão liberdade para escolher nosso próprio caminho, fixar as próprias regras, nos permitem lidar com os acidentes da vida sem impulsividade, sem sentimentos desgovernados, sem passividade, culpa ou rancor. Temos tempo para cuidar de nós mesmos, para criar e colocar em prática, projetos e sonhos, com a coragem e confiança que só a idade garante. Mudar hábitos de alimentação, deixar de fumar, fazer exercícios físicos regulares, colocar em prática alguns projetos de vida, dançar, viajar, passear, por que não? Podem não ser o elixir da juventude, mas, seguramente, trazem mais bem estar e qualidade de vida. Em consequência, afloram os benefícios da interação social e a descoberta de novos amigos, com interesses comuns e mesmos desafios diante da vida. Mas... e onde estão as vovós? A gente não está encontrando mesmo, porque elas mantém uma rede de amigos e estão tomando sol numa praia... ou consultando a internet para satisfazer qualquer que seja a curiosidade. Elas não acreditam na obrigação do envelhecer, vivem no presente e tem planos para o futuro. E curtem saber que vem muito mais pela frente do que o que ficou para trás, que vale a pena investir em seu bem-estar e podem "chegar aos 100" com saúde e entusiasmo diante da vida, graças a Deus e às novas formas de pensar.
Lygia Prudente
Um comentário:
daqui a pouco: "Cadê a cadeira de balanço de papai"
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