segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Oficina de Sensibilização
domingo, 24 de agosto de 2008
Saudades do Cine Palace (9)
A grande tela cinemascope do Cine Palace “cabia bem” um épico como DOUTOR JIVAGO (Doctor Zhivago), 1965, Direção de David Lean, com Omar Sharif, Julie Christie e Geraldine Chaplin, vencedor de 5 Oscars, com 3 horas e 21 minutos de duração, filme de grande sucesso, com a famosa composição de Maurice Jarre, Tema de Lara na sua trilha sonora. Os épicos daquela época eram filmes longos, alguns tinham até quatro horas de projeção, e continham abertura, ou seja, após o Cine Jornal (traillers não eram exibidos por motivo do filme principal ser muito longo), e o Certificado de Censura, as luzes da sala eram acesas, a imagem na tela escurecia, começando-se a ouvir a trilha sonora do filme. Quando a mesma acabava, voltava a imagem a aparecer, com a vinheta da companhia cinematográfica, no caso a Metro Golden Mayer e aí sim, começava o letreiro, o filme propriamente dito. Todo preparativo para o espectador entrar no clima. No meio do filme, outra interrupção, a imagem escurecia, aparecia na tela: INTERVALO. Começava-se a ouvir novamente a trilha sonora quando eram acesas as luzes da sala, o que durava cerca de dez minutos. No caso do DR. JIVAGO, o intervalo acontecia na cena em que o trem entra em um túnel, e tudo fica escuro. Volta-se ao filme quando o espectador começa a ouvir o barulho do trem, a tela começa a clarear e aparece o trem saindo do túnel, encerrando-se assim o intervalo. Era um tempo em que se apreciava a sétima arte sem pressa. Não era a um simples filme que se assistia, mas a um espetáculo. Um espetáculo cinematográfico...
Armando Maynard
domingo, 17 de agosto de 2008
Voto - a arma do cidadão!
domingo, 10 de agosto de 2008
Cinema Vitória
Dois filmes fizeram grande sucesso junto à família sergipana, no finzinho da década de 50: o clássico espanhol “Marcelino Pão e Vinho” (1955), com Pablito Calvo e a triologia SISSI, com a bela Romy Schnaider - Sissi (1955), Sissi, A Imperatriz (1956) e Sissi e seu Destino (1957). Épicos que foram sucessos de bilheteria em sua grande tela cinemascope: Spartacus (1960) com Kirk Douglas e Exodus (1960), com Paul Newman, com uma trilha sonora marcante. O Vitória exibia muitos faroestes, mas, dois clássicos do gênero ficaram na memória de todos, até pelas suas trilhas sonoras: Sete Homens e um Destino (1960), com Yul Braynner, e Três Homens em Conflito (1966), com Clint Eastwood. Logo depois que foi extinta a censura no Brasil, o Vitória passou a ter a qualificação dada pelo Órgão Censor de “Cinema Especial” e passou a exibir filmes que continham cenas de sexo explícito, como o Império dos Sentidos (1976), que gerou grande curiosidade e polêmica, ficando mais de um mês em exibição, fato inédito em Aracaju. Vinha gente de todo o interior do estado para assisti-lo. Outro, foi “Calígula” (1979), com Malcolm McDowell.
Uma das companhias exclusivas do Cinema Vitória era a Condor Filmes, cuja vinheta de apresentação provocava uma anarquia entre os jovens e alguns adultos, que começavam em coro a fazer: xô, xô, xô, como se estivessem espantando o condor, que estava na imagem da tela, pousado, e logo alçaria vôo, desmanchando-se graficamente, transformando-se ao mesmo tempo na palavra apresenta, quando já se podia ver na tela os dizeres: Condor Filmes Apresenta. Na sessão da tarde, sabia-se do seu início, quando o funcionário começava a fechar as portas – e olha que era uma quantidade enorme de portas – as luzes da sala acendiam-se e logo sem seguida, ele subia a escadinha do lado direito do pequeno palco, para abrir, manualmente, a cortina. Neste momento um comercial da loja de discos “A Sugestiva”, era ouvido no auto-falante da tela. A sessão ia ter início. Já se podia ver a vinheta do cine jornal da Atlântida e, logo em seguida, a da Universal, ambas exclusivas do Cinema Vitória.
Armando Maynard